quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O TEMPO INVENTADO



Abrimos a porta, após um dia e uma noite fora de casa, e nossa cadelinha vem desesperada ao nosso encontro. Sua água e comida estão intocadas. Provavelmente, de saudades, não comeu nem bebeu nada.
O tempo foi “inventado” por nós. Talvez seja por isso que tanto faz para o nosso cãozinho, se vamos à padaria ou se viajamos por uma semana, a festinha que ao voltarmos é a mesma, pois para ele tudo o que existe é o momento que vive: ausência e saudade.
No entanto nós, raramente estamos onde estamos, ou vivemos o momento que vivemos. Se estamos infelizes, nos angustiamos desejando que o momento passe, transmitindo ao futuro o triunfo de uma felicidade incerta; se estamos felizes, temos medo do futuro que pode nos afastar dessa felicidade. Existem ainda aqueles que não saem do passado, remoendo o que foi bom ou, pior ainda, o que foi mau.
Somente nós sabemos que o tempo passa, que o dia chegará ao final, e que o último dia virá, inevitavelmente. Todo o resto da natureza desconhece a possibilidade da morte, do transcorrer do tempo que consome o presente, a vida.
Essa coisa de tempo é mesmo meio louca, ou melhor, meio enlouquecedora: o presente é passado, o passado é memória, e o futuro não existe, então onde estamos nós? É, parece que o tempo é mesmo uma invenção maluca, inspirada por nossa sede de controle. Podemos contar o tempo, marcá-lo, nomeá-lo, mas não podemos controlá-lo, retê-lo ou sequer prevê-lo. Como estou certa de que alguém já disse antes, “o tempo é ilusão”.
Sendo assim, provavelmente a minha cadelinha, que apenas sente, vive numa realidade menos ilusória do que a minha. Talvez os sentidos, as sensações e os sentimentos nos enganem muito menos do que pensamos e a nossa mente muito mais do que imaginamos.



terça-feira, 20 de maio de 2008

Café com Letras

Olá, terráqueos

conseguimos terminar nossas pesquisas por disciplina, agora nesse final de semana, tentaremos organizar o artigo para já na semana que vem termos ele em mãos.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

CAFÉ COM LETRAS - TEORIA DA LITERATURA

Olá crianças do meu Brasil. Reformulamos nosso direcionamento para a questão da Teoria da Literatura. Leiam e comente, por favor.

Como referências bibliográficas usamos:

ABDALA JR, Benjamim. Literatura, História e Política. Ática,São Paulo.1989.

BAJARD, Elie. Ler e dizer. Cortez. 2001. 3ª ed.

CÂNDIDO, Antônio. Literatura e sociedade. Cia. Editora Nacional. São Paulo. 1980. 6ª ed.

LUCAS, Fábio. Vanguarda, História e Ideologia da Literatura. Ícone, São Paulo.

MENESES, Adélia Bezerra de. Figuras do feminino na canção de Chico Buarque. Ateliê Editoral. São Paulo. 2001. 2ª ed.

PROENÇA FILHO, Domício. A linguagem literária. Ática. São Paulo. 1992. 4ª ed.

STAM, Robert. Da teoria literária à cultura de massa. Ática, São Paulo. 1992.

www.wikipedia.com.br


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De que maneira a Literatura (arte da palavra) integra as práticas cotidianas nos processos de comunicação?


A linguagem é uma das formas de apreensão do real, segundo Proença Filho em seu livro, “A Linguagem Literária”. O homem vive em permanente e complexa interação com a realidade e apreende diversas informações de várias maneiras. Mas ele precisa decifrar essas informações e transformá-la em signos, em sinais capazes de se obter algum significado.

A linguagem ao converter a realidade em signo, ultrapassa as limitações da apreensão sensorial e permite uma “retirada de véus” do real em relação ao sujeito.

É também a faculdade que o homem tem de expressar seus estados mentais através de um conjunto de sons chamado língua( sistema de signos; conjunto de subsistemas que se interagem), ou seja, a linguagem é entendida como uma atitude que apresenta um aspecto psíquico (linguagem virtual) e um aspecto lingüístico (língua realizada). A língua pode ser entendida como uma realização de uma linguagem.

Para Tatiana Slama Casacu, 1961,

“a linguagem e um conjunto complexo de processos, resultado de uma certa atividade psíquica profundamente determinada pela vida social que torna possível a aquiasição de uma língua qualquer.”

Lotmam, 1975, afirma que por linguagem entendemos todo o sistema de comunicação que utiliza signos organizados de um modo particular, ou seja, um conjunto organizado de informações entre seres humanos que tornam comum idéias, sentimentos, desejos etc, através de signos e da realidade que os cercam e utiliza-se do processo de comunicação proposto por Roman Jakobson que para estabelecer uma comunicação entre indivíduos, é necessária a existência de um emissor, um receptor e um canal por onde irá passar uma mensagem.

A língua envolve uma dimensão social e se caracteriza por ser sistemática. Cada pessoa tem o seu ideal lingüístico. A língua coloca a disposição de cada um múltiplo repertório de possibilidades. E um desses recusos é a arte literária.

Entendemos por literatura a arte de compor escritos artísticos; o exercício da eloqüência. Vem do latim litterae (letras) e significa uma instrução ou um conjunto de saberes ou habilidades de escrever e ler bem e se relaciona com as artes da gramática.

A literatura é uma forma de linguagem que tem uma língua como suporte. Essa arte está associada à idéia de estética. Um texto será literário quando conseguir produzir um efeito estético, quando proporcionar uma sensação de prazer e emoção no receptor.

O texto artístico busca empregar as palavras com liberdade. Para Louis de Bornald (pensador e crítico do séc. XIX): “A Literatura é a expressão da sociedade como a palavra é a expressão do homem”.

Para Afrânio Coutinho: “A Literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as formas (gêneros) com os quais toma corpo e nova realidade.”

E tudo isso é uma manifestação do Homem em estabelecer melhor seu sistema de comunicação. E de que forma a literatura e a comunicação têm a ver com a sociedade?

Ora, se a literatura é criação do homem e a comunicação segue o mesmo caminho, a fim de suprir suas necessidades de integração, ambas atuam no dinamismo da evolução do Homem e da sociedade e ambas podem tomar o mesmo rumo integrando as práticas cotidianas de uma sociedade e fortificando a palavra e a língua através de uma linguagem específica.

Tomamos como um forte exemplo música e principalmente a música popular brasileira, a MPB. Por trás da multiplicidade de definições sobre música, se encontra um verdadeiro fato social, que coloca em jogo tanto os critérios históricos, quanto os geográficos. A música passa tanto pelos símbolos de sua escritura (notação musical), como pelos sentidos que são atribuídos a seu valor afetivo ou emocional. É por isso que, no ocidente, nunca parou de se estender o fosso entre as músicas do ouvido (próximas da terra e do folclore e dotadas de uma certa espiritualidade) e as músicas do olho (marcadas pela escritura, pelo discurso).

Nossos valores ocidentais privilegiam a autenticidade autoral e procuram inscrever a música dentro de uma história que a liga, através da escrita, à memória de um passado idealizado. As músicas não ocidentais, como a africana apelam mais ao imaginário, ao mito, à magia e fazem a ligação entre a potencialidade espiritual e corporal. O ouvinte desta música, bem como o da música folclórica ou popular ocidental participa diretamente da expressão do que ouve, através da dança ou do canto grupal, enquanto que um ouvinte de um concerto na tradição erudita assume uma atitude contemplativa que quase impede sua participação corporal, como se só a sua mente estivesse presente ao concerto.

O desenvolvimento da notação musical e a constituição artificial do sistema de temperamentos consolidou na música, o dualismo corpo-mente típico do racionalismo cartesiano. E de tal forma esse movimento se fortaleceu que mesmo a música popular ocidental, ainda que menos dualista, se rendeu à sistematização, na qual se mantém até hoje.

As práticas musicais não podem ser dissociadas do contexto cultural. Cada cultura possui seus próprios tipos de música totalmente diferentes em seus estilos, abordagens e concepções do que é a música e do papel que ela deve exercer na sociedade. Entre as diferenças estão: a maior propensão ao humano ou ao sagrado; a música funcional em oposição à música como arte; a concepção teatral do Concerto contra a participação festiva da música folclórica e muitas outras.

E a linguagem literária é que permeia e dá um novo sentido a essas músicas. No Brasil, um momento marcante é a MPB que surgiu exatamente em um momento de declínio da Bossa Nova. Gênero renovador na música brasileira surgido na segunda metade da década de 1950, foi influenciado pelo jazz norte-americano, a Bossa Nova e deu novas marcas ao samba tradicional. E essas músicas vêm dotadas de letras com grande literariedade.

A música está no cotidiano de todo ser humano e lhes apresenta combinações de palavras que assumem um tom poético ao falar sobre a natureza, a vida, o amor e a mulher. Faz o uso da conotação, uma das funções da linguagem, que aliada à função emotiva enriquece o sentido de cada palavra que garante à essa escrita, um tom de poesia.

Vejamos a forma poética de como a mulher é retratada nas músicas de Chico Buarque de Holanda, um dos maiores músicos e compositores da MPB.


Angélica

Chico Buarque

Quem é essa mulher

Que canta sempre esse estribilho

Só queria embalar meu filho

Que mora na escuridão do mar

Quem é essa mulher

Que canta sempre esse lamento

Só queria lembrar o tormento

Que fez o meu filho suspirar

Quem é essa mulher

Que canta sempre o mesmo arranjo

Só queria agasalhar meu anjo

E deixar seu corpo descansar

Quem é essa mulher

Que canta como dobra um sino

Queria cantar por meu menino

Que ele já não pode mais cantar

Entender o sofrimento de Angélica e a busca de sua felicidade, na verdade remete a uma figura: O filho. “ Quem é essa mulher/ Que canta sempre esse estribilho/ Só queria embalar meu filho/ Que mora na escuridão do mar”

A música foi inspirada em uma mulher que de fato sentiu essa dor e essa busca pela felicidade, Zuleika Angel (Zuzu Angel).

Esse é um tipo social comum que vive eternamente na história da vida humana, mães e filhos. A busca por filhos desaparecidos, ou filhos marginalizados e mães desesperadas com suas repentinas mortes trágicas em acidentes, brigas de ruas etc.

Há uma outra música de Chico Buarque que também poderia ser citada como complemento nessa face feminina, “Meu Guri” é nome dado a ela, a música relata a foto, de um menino morto, estampada na folha de um jornal e sua mãe inverte o sentido da morte e diz : “... O Guri no mato acho que ta rindo...”

O confronto dessas duas mulheres que perdem seus filhos recorta um quadro doloroso que coloca em questão a maternidade ferida.

Vejamos outra música, na qual Chico Buarque usa de todo lirismo e poesia ao retratar o sofrimento de uma separação:


Atrás da Porta

Chico Buarque


Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei, eu te estranhei
Me debrucei sobre teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
Nos teus pelos, teu pijama
Nos teus pés ao pé da cama
Sem carinho, sem coberta
No tapete atrás da porta
Reclamei baixinho
Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que ainda sou tua


A música de Chico Buarque traz um desenho interessante e nos remete ao topo do sofrimento da mulher sendo deixada pelo seu companheiro , no momento em que se diz na música: “... e me agarrei nos seus cabelos...”e assim ela vai caindo até chegar aos pés da cama, no chão no tapete atrás da porta e assim chega também aos pés do amado dizendo que ainda faz parte dele, está totalmente entregue. No momento da separação, quando se aniquila, e nada mais consegue senão provara q ela não se pertence, “... só pra provar que ainda sou tua...”. A busca da felicidade acontece no outro, a mulher esquece de si, e atropela todos os sentimentos e se humilha para que ele volte. Mas dentro da música de Chico Buarque acontece a retomada dessa mulher madura e mais vivida. Essa retomada acontece na música “Olhos nos olhos”, quando a letra diz que em outra fase ela já foi melhor amada e que está feliz. Nessa canção a mulher, em que, levantada do chão, e no mesmo nível que o homem (olhos nos olhos), busca a felicidade em si mesma, recupera a auto-estima e acredita no seu potencial feminino. A felicidade está nela e em suas qualidades.

Com isso, percebemos o uso da linguagem literária, neste caso ao falar da mulher e seus diversos sentimentos e momentos nas músicas populares brasileiras que é um retrato da realidade e estão presentes no dia-a-dia da sociedade.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Café com Letras

Todos presentes - Marcelo, Ana, Fabiano, Aline Messias, Marco e Vanessa.
Essa última quarta-feira (23/04) felizmente conseguimos nos dividir para já irmos adiantando alguns assuntos. Quanto a disciplina de literatura portuguesa decidimos recortar o assunto por que nos pareceu muito ampla a questão de termos que fazer a relaçao da poesia e a sociedade portuguesa desde o século XII até XIX, então delimitamos (por enquanto) a usar como foco o tema: MULHER - como a mulher é retratada na poesia através desses séculos; assim fazendo a ligação com outra disciplina a de teoria literária. Antes nós pensamos em trabalhar com a literariedade em telenovelas, mas conversando com o professor Renato percebemos que não seria a melhor escolha, então decidimos também tratarmos do tema mulher em músicas, até para ficar mais fácil depois para amarraçao entre as duas disciplinas. O Marco ficou responsável de fazer o levantamento das músicas e o Fabiano e a Aline de correr atrás do que se diz respeito a mulher portuguesa na poesia. Como o tempo está encurtando já estamos começando a pesquisar as outras disciplinas; de inglês já tinhamos discutido há algum tempo atrás sobre o que queriamos fazer, só que não chegamos a um acordo. Pensando em fonética, nos veio a idéia de trabalhá-la juntamente com a língua inglesa, já que o tema não se restringe somente a língua portuguesa, mas sim a linguagem humana. Mas essas últimas são só esboço. Primeiramente queremos finalizar o primeiro e o segundo eixo, pra depois corrermos atrás de fonética e inglês.
Por enquanto é isso,
Muito trabalho duro.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

23/04/2008

Grupo Livromaníacos
presentes: Leila, Cavour, Ivan e Wesly

Definimos a destribuição para responder à pergunta de Teoria da Literatura
" De que maneira a literatura (arte da palavra) integra às praticas cotidianas nos processos de comunicação?

Inicialmente foram definidos 3 conceitos teóricos :
1- O que é Literatura?
2- O que é literariedade?
3- Comunicação e Linguagem

Após conceituar, mostraremos como a Literatura, e a literariedade chega às pessoas através da música popular brasileira. Para isso, mostraremos as funções da Literatura aplicadas à musica que cada integrante escolheu trabalhar. A divisão se deu da seguinte forma;

- Função Pragmática: impregnar ideologia através da Literatura.
responsável: Cavour
música: Como nossos pais - Elis Regina

- Função Lúdica: trabalha o prazer através da arte literaria
responsável: Ivan
música: Areias escaldantes - Lulu Santos

- Função Cognitiva: trabalhar o conhecimento através da literatura
responsável: Leila
música: Velho Ditado - Zeca Pagodinho

- Função Catártica: trabalha a purificação do ser através da catarse provocada pela literatura
responsável: Gabriele
música: Epitáfio - Titãs

- Função Estética: trabalha a elaboração e a organização da palavra de forma a causar um efeito estético dentro de um texto literario
responsável: Wesly
música: Te Ver - Skank

Discutimos ainda algumas idéias para responder à questão de Literatura Portuguesa. Idéias essas que serão apresentadas à professora Wilma na segunda-feira e a partir das orientações dadas, iniciaremos seu desenvolvimento.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Relatório do Grupo

Data: 19/03/08
Presentes: Cavour, Ivan, Gabrielle e Wesly.

- Perguntar à profa. Corinne qual o questionário para coleta do perfil de cada pessoa pesquisada. Perguntar também qual a amostra de pesquisa.

- Textos de sobre "Americanização do Brasil" trazidos para compor material de pesquisa para Comunic. Oral/Escrita em L.Inglesa.

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Data: 28/03/08
Presentes: Cavour, Ivan e Wesly.

- Conforme solicitação do prof. Edson a cerca do cronograma pesquisa das disciplinas do TIDIR, o grupo Livromaníacos decidiu pesquisar uma disciplina por vez, concluindo cada Questão-Problema de acordo com calendário abaixo.

- Em relação à pesquisa, cada integrande do grupo reunirá sua contribuição do estudo relacionado à disciplina. O grupo estabeleceu as datas abaixo para discussão e definição da solução das Questões-Problemas das disciplinas trabalhadas em cada momento.

- Um componente do grupo será o responsável por digidir o esboço do texto da pesquisa de cada disciplina após a reunião e definição do esboço de cada disciplina.

- O cronograma das datas é a seguinte:

02/04 - Trabalho Docente.
16/04 - Teoria da Literatura II.
30/04 - Literatura Portuguesa.
07/05 - Comunic. Oral/Escrita em L.Inglesa.
21/05 - Fonética.
23/05 - Redação final do artigo.
30/05 - Revisão do texto final.

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02/04/08
Presentes: Adriana, Cavour, Gabrielle, Ivan, Leila, Wesly.

- Discussão da disciplina Trabalho Docente: cada integrante realizará pesquisa nas seguintes fontes para compor texto:

- texto "Ofício do Professor", Ed. Abril. Responsável: Cavour;
- texto sobre "Revolução Tecnológica" do Libânio: Wesly;
- livro "Fomos Maus Alunos" do G.Dimenstein e R.Alves: Leila;
- textos relacionados à TV e educação: Ivan;
- textos da disciplina Filosofia da Educação II sobre tendências pedagógicas: Gabrielle;
- texto sobre "Neoliberalismo" do Libânio: Adriana.

- Os integrantes do grupo deverão entregar sua contribuição do texto para essa disciplina ao IVAN, uma vez que ele será o responsável pela redação do texto solução.

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Data: 09/04/08.
Presentes: Cavour, Gabrielle, Ivan, Leila e Wesly.

- Textos contendo considerações de cada integrante para a resposta da disciplina T. Docente foram entregues;
- Agendado para o dia 11/04 a coleta de bibliografia para a coleta de informações da Questão-Problema da disciplina Teoria da Literatura II.

sábado, 12 de abril de 2008

Alguns esclarecimentos...

Somente após a publicação de nossos últimos "relatos de viagem", li comentário do profº Edson, que solicitou maior esclarecimento de nossa parte, quanto aos temas abordados em nossas reuniões. Pois bem, a respeito da resposta de Teoria da Literatura, decidimos abordar os ditos populares e seu uso de figuras de linguagem. Quanto à questão levantada pela profº Wilma, concluímos que a resposta está relacionada ao uso especial da linguagem (uso lúdico e estético das palavras) e que somente conseguiremos refletir sobre os traços da sociedade portuguesa retratados pela poesia, se nos debruçarmos em análise comprometida sobre as mesmas e levantarmos suas analogias (figuras de linguagem como aliteração, anáforas etc). Abordaremos para isso poemas de três momentos literários sugeridos pela profª Wilma: Classicismo (Camões), Arcadismo (Bocage) e Romantismo (Almeida Garrett) .

"SOPA DE LETRINHAS" se pronuncia novamente!

No dia 2 explanamos a respeito dos conceitos pesquisados por cada um e conclusões individuais. Rita e Elenice não puderam comparecer, deixando-nos no entanto os seus pareceres por escrito. Debatemos e integramos nosso material para a elaboração de um texto único, nossa possível resposta para a pergunta de Teoria da Literatura. Estabelecemos uma espécie de roteiro para a elaboração da resposta de Literatura Portuguesa.

No dia 4, fizemos uma última leitura da resposta já conclusa e Robson, Elenice e Rita apontaram algumas modificações que todos concordamos serem necessárias. Aproveitamos a aula destinada ao TIDIR e fizemos um levantamento bibliográfico de Literatura Portuguesa. Gostaria de esclarecer que as bibliografias serão publicadas o quanto antes, uma vez que a responsável pelas anotações das mesmas é a integrante Rita, da qual ainda não me lembrei de recolher tais anotações para a publicação.

No dia 9, mostramos nossa possível resposta de Teoria de Literatura ao profº Renato, que apontou-nos rapidamente algumas questões metodológicas a serem corrigidas, aprovando no entanto, a nossa linha de pensamento. Mais tarde, discutimos sobre a questão de Literatura Portuguesa e decidimos dar novo rumo às nossas pesquisas, decisão tomada após reflexão sobre a leitura de fonte bibliográfica sugerida pela profº Wilma. Delimitamos três recortes de pesquisa e nos dividimos para levantamento de informações sobre estes três focos.

No dia 11, esclarecemos junto à classe algumas dúvidas com o profº Edson e destinamos o tempo restante à leitura do material recolhido por todos.

Gostaria de informar que optamos por um novo nome ao nosso grupo: SOPA DE LETRINHAS, escolhido e consentido por todos!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

TEORIA DA LITERATURA

Olá pessoas!!! Nós, do Café com Letras abordamos a pergunta da Teoria da Literatura da seguinte forma descrita abaixo. Ainda estamos em fase de mais pesquisas e fundamentações, mas por ora, temos o seguinte esboço. Espero que vocês possam contribuir ainda mais para esse nosso enfoque.
Partimos das seguintes pesquisas bibliográficas:
ABDALA JR, Benjamim. Literatura, História e Política. Ática,São Paulo.1989.
LUCAS, Fábio. Vanguarda, História e Ideologia da Literatura. Ícone, São PAulo.
STAM, Robert. Da teoria literária à cultura de massa. Ática, São Paulo. 1992.
CÂNDIDO, Antônio. Literatura e sociedade. Cia. Editora Nacional. São PAulo. 1980. 6ª ed.
BAJARD, Elie. Ler e dizer. Cortez. 2001. 3ª ed.
PROENÇA FILHO, Domício. A linguagem literária. Ática. São Paulo. 1992. 4ª ed.
artigo: Brasil antenado, a sociedade da novela. Esther Hamburger
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Teoria da Literatura

De que maneira a Literatura(arte da palavra) integra as práticas cotidianas nos processos de comunicação?


Entendemos por literatura a arte de compor escritos artísticos; o exercício da eloqüência. Vem do latim litterae (letras) e significa uma instrução ou um conjunto de saberes ou habilidades de escrever e ler bem e se relaciona com as artes da gramática.

Essa arte está associada á idéia de estética. Um texto será literário quando conseguir produzir um efeito estético, quando proporcionar uma sensação de prazer e emoção no receptor.

O texto artístico busca empregar as palavras com liberdade. Para Louis de Bornald (pensador e crítico do séc. XIX): “A Literatura é a expressão da sociedade como a palavra é a expressão do homem”.

Para Afrânio Coutinho: “A Literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as formas (gêneros) com os quais toma corpo e nova realidade.”

E tudo isso é uma manifestação do Homem em estabelecer melhor seu sistema de comunicação. E o que é comunicação? É o intercâmbio de informações entre sujeitos ou objetos. A comunicação humana é um processo que envolve a troca de informações e utiliza os sistemas simbólicos como suporte para este fim.

Para estabelecer uma comunicação entre indivíduos, é necessária a existência de um emissor, um receptor e um canal por onde irá passar uma mensagem.

E de que forma a literatura e a comunicação têm a ver com a sociedade?

Ora, se a literatura é criação do homem e a comunicação segue o mesmo caminho, a fim de suprir suas necessidades de integração, ambas atuam no dinamismo da evolução do Homem e da sociedade e ambas podem tomar o mesmo rumo integrando as práticas cotidianas de uma sociedade e fortificando a palavra e a língua através de uma linguagem específica.

Tomamos como um forte exemplo a telenovela brasileira. Por quê? Porque é o meio de comunicação mais eficaz de transmissão de informações e que parte da palavra escrita (pensada e escrita por artistas da palavra) para a concretização falada e imagética da transmissão de informações.

Nessa escrita encontramos uma grande preocupação com a mensagem a ser abordada através da criação de um enredo envolvente, com lógica e coerência. Também vemos as personagens elaboradas que, partindo de situações e modelos reais (na maioria das vezes), revelam a realidade da sociedade para a própria sociedade e de como ela poderia ser.

Então temo o uso de elementos da narrativa, dentro de um meio de comunicação segmentada, que é a televisão, que atinge grande parte da sociedade com histórias,intrigas, paixões, alertas sociais etc, corporificando o texto literário em personagens interpretados por atores e ações que associadas à imagens (cenas), dinamizam a palavra.

Com isso temos uma aproximação maior coma linguagem literária; com a palavra formal e coloquial (ao ver os núcleos “pobre” e “rico” das telenovelas); com o estético e o lúdico tanto na palavra quanto na imagem; com diferentes hábitos sociais, culturais e acepções de mundo.

É a linguagem verbal, fazendo uso da palavra, sendo essa uma criação artística, pois faz o uso da estética e do lúdico, através de um eficaz meio de comunicação que é a telenovela, que faz a integração das práticas sociais,com diversão, entretenimento e questionamentos da vida social.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Bibliografia TIDIR para Teoria Da Literatura

Finalmente eu volto ao blog!!

Após "renunciar" a relatoria desse trabalho (com um enorme peso no coração) por não estar disponivel para o trabalho, eu volto a postar no blog lembrando que embora um pouco mais distante ainda estou aqui colaborando o máximo possivel.

Nós do grupo Livromaníacos definimos uma bibliografia para responder à pergunta de Teoria da Literatura:

1- Literatura e Sociedade. (Antonio Candido)
capítulo II - A literatura e a Vida Social
capítulo VII - A literatura na evolução de uma Comunidade
capítulo VIII - Estrutura literaria e função histórica
localização: 801.95 / C217L
Biblioteca Senador

2- Toda Literatura Portuguesa e Brasileira (Helena Bonito Pereira)
Capítulo I (pág 17)- O que é literatura
localização: B869.07 P436t
Biblioteca Senador

3- Português: Linguagens (William Roberto Cereja)
páginas 5, 7, 32-35
localização: 807 C414p 1992
Biblioteca Senador

4- Literatura, Gramatica e Criatividade (Haroldo Ramanzini)
página 22 - C0nceito
localização: 807 / R1651
Biblioteca Senador

5- A Linguagem Literária (Domicio Proença Filho)
localização: 410 P963L 1992- 4. ed.
Biblioteca Senador

6- Usos da Linguagem (Francis Vanoye)
localização: 302.2 / V272V
Biblioteca Setorial Vila Mathias

7- Imagens e Sons (Milton José de Almeida)
localização: 306.4 / A447i
Biblioteca Setorial Vila Mathias


Todo esse material foi levantado com o auxílio do professor Renato Paes que muito tem nos ajudado com o TIDIR.
É claro que essa bibliografia não é uma redoma a qual ficaremos presos, poderemos ao longo do desenvolvimento vir a utilizar alguma outra fonte, mas teremos esses como ponto de partida.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Notícias direto de Lisboa?

A partir das orientações em sala de aula, o que os grupos efetivamente já desenvolveram?
Observei que as pesquisas de Teoria da Literatura podem (e devem) ser aplicadas na Literatura Portuguesa.

Professora Wilma Pasta
Antes tarde do que nunca...

Devido à falta de disponibilidade de nossa relatora oficial de estar publicando os relatórios, criamos uma parceria, onde ela pontua os temas discutidos durante a reunião e eu cuido de sintetizar e publicar.

No dia 19 de março discutimos acerca das bibliografias sugeridas por alguns professore e definimos a busca por alguns conceitos referentes aos problemas levantados em cada disciplina.
Também definimos o foco da nossa possível resposta à questão de Teoria Literária: O uso cotidiano das figuras de linguagem nas situações de fala.

No dia 26 de março fizemos junto ao professor Renato, durante a sua aula, um levantamento bibliográfico em função da busca de definição dos primeiros conceitos referenciais: Literatura e Comunicação.
Durante a Prática do TIDIR definimos uma divisão de tarefas, dos
temas a serem pesquisados e nos comprometemos a trazer toda a semana os resultados de nossas pesquisas e a trocar informações.

Enfim, eis aqui o nosso diário de bordo, embora um pouco tardio...

quarta-feira, 19 de março de 2008

Troca de figurinhas

Olá pessoal!

Hoje estava lendo "Compreender e Ensinar", de Terezinha Azerêdo Rios e por acaso esbarrei numa conceituação interessante de interdisciplinaridade e resolvi divdir com vocês. Embora o tema tenha sido discutido satisfatoriamente, a meu entender, por se tratar de algo muito novo para a maioria de nós e pela falta de disponibilidade de mais tempo para pesquisa e debate, acredito que o acréscimo de informações sobre o assunto é válido. Aqui vai:

"Costuma-se falar em interdisciplinaridade de uma maneira equivocada, como se ela fosse uma mistura de trabalhos: vai se fazer um trabalho interdisciplinar, então juntam-se as disciplinas de português, matemática, geografia, história em torno de um tema, e pronto, tem-se interdisciplinaridade. Na verdade, é algo muito mais complexo: existe interdisciplinaridade quando se trata verdadeiramente de um diálogo, ou de uma parceria, que se constitui exatamente na diferença, na especificidade da ação de grupos ou indivíduos que querem alcançar objetivos comuns, que jogam em posições diferentes num mesmo time. É preciso ter muita clareza no tipo de contribuição que cada grupo pode trazer, na especificidade dessa contribuição - o que estou chamando de disciplinaridade - para fazer um trabalho realmente interdisciplinar".

"Não se pode ter interdisciplinaridade se não tiver, de início, disciplinaridade".

Refletindo rapidamente, penso que a singularidade (disciplina) precisa ser respeitada dentro da manifestação coletiva (tema comum) ao invés de suprimida por essa coletividade.

Aline (integrante do Butterfly - grupo 2)

terça-feira, 18 de março de 2008

Resultado da Apresentação: "Interdisciplinaridade"

A interdisciplinaridade surgiu na França durante a década de 1960 por movimentos estudantis que reivindicavam uma educação menos tecnicista e mais sintonizada com os problemas sociais. Ela chegou no Brasil no final dessa década e exerceu grande influência na elaboração da LDB. Segundo Japiassu, a interdisciplinaridade é algo a ser vivido, enquanto atitude de espírito e não como mero metodo pedagógico.
O fundamento da interdisciplinaridade está em relacionar diferentes disciplinas a partir de um tema que leve a uma problematização (questão-problema) de determinado aspecto da realidade. A somatória dos conhecimentos específicos de cada disciplina participante resulta em uma resposta onde o conhecimento adquirido se torna aplicável na prática.
Para o educador de línguas, essa abordagem deve ser amplamente desenvolvida uma vez que as outras disciplinas se utilizam da linguagem para refletir o seu conhecimento específico. Apreender adequadamente e refletir as informações adquiridas exigem do aluno consolidar com solidez suas habilidades de leitura, interpretação e compreensão oriundos da disciplina que tem por atribuição maior o estudo da Língua.
Dessa forma, o conjunto de conhecimentos aprendidos não será aplicado somente no estudo da língua portuguesa, mas levará à uma cognição abrangente das outras áreas acadêmicas e a estabelecer relações desse saber com o mundo vivido.

Nome do Grupo e Alteração da Relatoria

O Grupo 1 composto por Cavour, Leila, Gabrielle, Wesly, Ivan e Adriana escolheu o nome de "Livromaníacos" e passará a se identificar dessa forma.

A Relatora Leila solicitou a troca do responsável por essa função no grupo uma vez que não poderá se dedicar integralmente por razões pessoais. A pedido de Leila, eu (Cavour) passarei a ser o Relator dos Livromaníacos.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Criação de blog

Pesquisa cooperativa é uma proposta para a elaboração do trabalho interdisciplinar dirigido -TIDIR-do 3o. ciclo da UNIMONTE - curso de Pedagogia

quinta-feira, 13 de março de 2008

Discussão sobre a Interdisciplinaridade na formação do profissional de Letras

Olá amiguinhos, seguem as observações feitas pelo Grupo 3 (ainda estamos decidindo o nome) sobre a questão que o Profº Edson passou em sala de aula. Lembrando que o Grupo 3 é formado por mim (Marco França), Aline Messias, Fabiano, Marcelo, Ana Carolina e Vanessa (que não participou desta discussão por motivos de faltas)

Como vocês definem a interdisciplinaridade, a partir da leitura e debate que fizemos, relacionando tal definição às possíveis contribuições que essa abordagem pode trazer à formação do profissional de Letras?


Rapidez, imediatismo, impaciência, dinâmico e acima de tudo, acomodado com a grande facilidade da revolução tecnológica que oferece tudo num "click". Esse é o perfil do aluno do 3º milênio.
Voltada para esse grande avanço, a Escola precisa descobrir mecanismos que integrem o conteúdo necessário ao aluno e sua realidade. Fazer o aluno se interessar por livros, leituras, conhecimentos históricos, regras, equações, teoremas etc, está cada vez mais difícil frente à grande oferta e facilidade de entretenimento digital.
Um mecanismo existente é a interdisciplinaridade que pretende, num primeiro momento, unir a teoria à pratica e a co-relação das disciplinas, adequando-as ao dinamismo da realidade. Mas para isso é necessário uma clareza de objetivos e muito empenho de professores, Escola e alunos para se alcançar tais pretensões e elaborar eficazes processos de aprendizagem.
O conhecimento está sempre aliado às necessidades do ser humano e a interdisciplinaridade vem ao encontro delas para obter no indivíduo, o desenvolvimento da consciência crítica, sempre aguçando os interesses e aliando às necessidades do aluno.
E nesse jogo de novas construções de conhecimentos aliados a realidade, onde o profissional de Letras atua? Existe alguma relação entre o conteúdo da disciplina com as outras? É possível essa interdisciplinaridade através da disciplina de Português, por exemplo? A resposta é sim!
O profissional de Letras trabalha com a comunicação através da linguagem verbal e não-verbal e com conhecimentos histórico-literários que apresentam o desenvolvimento da língua falada e escrita na humanidade. E escrita, palavras, imagens existem em todas as disciplinas escolares e no dia­-a-dia. Aprender a interpretar um texto, uma imagem, seja ele de qualquer espécie: literário, científico, matemático, histórico etc, pode levar o aluno a caminhos diferentes daqueles que não conseguem fazer uma simples interpretação e por isso ficam com uma distorção do assunto.
Outro fator de extrema importância é que o educador de Letras pode e deve aliar a realidade dos alunos com mais facilidade e dinamismo ao conteúdo de sua disciplina, seja comparando um programa de TV e analisando a concordância, seja uma novela ou filme em que se estudam elementos da narrativa como enredo, personagem, clímax, etc.
Cabe a Escola e principalmente ao profissional de Letras, dentro de sua especificidade, organizar objetivos, descobrir caminhos, vencer barreiras e procurar a aplicabilidade na realidade. O educador tem de criar a mentalidade de estar sempre em busca do conhecimento para poder dinamizar suas aulas e trabalhar a teoria e prática com o aluno.
A comunicação escrita está presente em tudo que vemos, em tudo aonde vamos e isso não tem como deixar de existir ou simplesmente ignorar este fato. É um meio de comunicação entre os seres humanos. Fica então a tarefa para os educadores descobrirem ações educativas que atinjam os objetivos propostos da interdisciplinaridade.

DESCRIÇÃO DA PROPOSTA DO TRABALHO INTERDISCIPLINAR DIRIGIDO

Tema: Determinantes sócio-culturais , estéticos e lúdicos da comunicação humana

Problema Geral TIDIR: : De que maneira a língua integra as práticas cotidianas nos diversos campos da atividade humana?

Demais disciplinas:

1. Fonética e Fonologia do Português
Quais as contribuições que os estudos fonéticos e fonológicos podem proporcionar para a compreensão do fenômeno dinâmico que é a linguagem humana?

2. Comunicação oral e escrita em Língua Inglesa
Qual a influência da língua inglesa na língua portuguesa?

3. Teoria da Literatura
De que maneira a Literatura(arte da palavra) integra as práticas cotidianas nos processos de comunicação?
4. Literatura Portuguesa I
Como o lúdico e o estético da Poesia se combinam para mostrar a sociedade portuguesa até o século XIX?

5. Trabalho Docente II
Qual a relação entre comunicação e docência e suas implicações para o precesso de ensino/apendizagem?

O cronograma de trabalho está pronto. Faremos a apresentação e discussão na próxima aula, logo após a apresentação dos grupos sobre a questão do debate.

ATENÇÃO RELATORES: Estou aguardando a publicação dos primeiros relatos dos grupos!!

quarta-feira, 12 de março de 2008

APRESENTAÇÃO DO TEXTO COLETIVO: INTERDISCIPLINARIDADE

Pessoal: apenas para lembrar que na aula de sexta-feira, dia 11, os grupos devem se preparar para a apresentação da conclusão a que chegaram sobre a problematização feita, tendo por base a leitura e debate do texto "Interdisciplinaridade (Gonçalves,1996). Ei-la:

"Como vocês definem a interdisciplinaridade, a partir da leitura e debate que fizemos, relacionando tal definição às possíveis constribuições que essa abordagemn pode trazer à formação do profissional de Letras?".

Em tempo: ainda estou aguardando a publicação dos relatos sobre o que tem acontecido nos momentos de estudos independentes!!! Vamos lá, galera, naõ se esqueçam do que combinamos!! Apenas o grupo da Leila apresentou seu comentário. Também , até agora, não li os nomes dados aos grupos. Lembrem-se: onde não há AUTONOMIA, entra a HETERONOMIA!!

sexta-feira, 7 de março de 2008

OS GRUPOS

Organizamos a formação dos grupos no dia 29. Iniciei ressaltando que o trabalho em equipe é essencial à proposta do TIDIR. Deixei que organizassem a formação livremente. Não foi um processo tranqüilo. Como sempre acontece nessas ocasiões, "sobram" alunos, pois, claro, como é natural,quando podemos escolher, optamos por conviver com as pessoas com quem temos afinidades. Esclareci que TODOS deveriam estar alocados em algum grupo e que, portanto, tínhamos um problema a resolver. Destaquei que estávamos formando grupos de trabalho e que na vida, principalmente na profissional, temos de conviver com pessoas com os quais nem sempre temos afinidades. Feitas essas considerações, resolvemos que poderíamos formar 3 grupos com 6 (seis) c0mponentes. Pedi que elegessem um relator, que ficaria encarregado de registrar no "Diário de Pesquisa" o andamento das discussões no grupo. Ao final, ficamos com esta formação:

GRUPO 1
Leila Fernandes (relatora)
Wesly Araújo Daniel
Gabrielle
Ivan Umbria
Cavour Chrismpim Neto
Adriana

GRUPO 2
Rita de Cassia Vidal (relatora)
Elenice de Cerqueira
Aline Lopes
Eliana
Gisele Stipanich
Robson Possidonio

GRUPO 3
Ana Carolina (relatora)
Fabiano Ducatti de Lima
Aline Messias
Marcelo Silva Oliveira
Marco Antonio França
Vanessa Severo Lublansky

Estabelecida a formação, pedi que escolhessem um nome para o grupo, como forma de identificar os relatos e tirar um pouco a impessoalidade dos números. Pessoal: nos próximos relatos, passem a identificá-los com o nome eleito, ok?

quinta-feira, 6 de março de 2008

Uma experiência maravilhosa

Tivemos a primeira experiência de prática na última quarta dia 05/03/2008. os grupos se reuniram para discutir o assunto interdisciplinaridade e a sua importância para o estudante de Letras. Foi uma grande início. Em meu grupo, debatemos, concordamos e discordamos. Algumas dúvidas surgiram, outras se dissiparam.

O Professor Edson pediu que criássemos um nome para nosso grupo. O Cavour logo quis que decidíssemos, mas achamos melhor que cada um pensasse melhor e com calma para então decidirmos juntos na sexta-feira.

Não posso negar que estou deslumbrada com a idéia. Com um certo medo também, confesso. Mas a primeira experiência foi tão satisfatória que mal posso esperar pelo que está por vir.

Debate sobre o texto: GONÇALVES, Francisca. "Interdisciplinaridade". IN: Presença Pedagógica.v.2. n.9 mai/jun. 1996.pp.78-81

Durante o debate sobre o texto proposto, pudemos refletir sobre aspectos importantes da abordagem interdisciplinar dos conteúdos. Pelas intervenções de Leila e Ivan, constatamos a função da interdisciplinaridade como um dos componentes que conferem significado à aprendizagem. Ivan considerou que a abordagem interdisciplinar impõe a necessidade de "estabelecer bases para unir as disciplinas: princípios e regras, em torno de uma proposição comum (axioma)". Cavour lançou uma questão polêmica: "Como aplicar a interdisciplinaridade no ensino? Qual a mágica?". Ponderei com o grupo que não há "mágica". O que há é intenção, planejamento, envolvimento, diálogo, conflito e, sobretudo, disposição para enfrentar desafios, rompendo certos paradigmas que sempre colocaram os alunos na posição de "receptores"do conhecimento enquanto cabia ao professor a função de "transmissor". Em seguida, desse diálogo, surgiu outra questão: "É possível aplicar a integração em sala de aula, sem perder as especificidades de cada área?". Ponderei que este é o desafio da interdiciplinaridade, na concepção que estamos adotando no momento: integrar as disciplinas ao mesmo tempo em que se mantêm as especificidades. Ivan sintetizou bem o momento em que vivemos ao mencionar que estávamos experimentando o "medo da incógnita", fazendo referência ao livro "Fomos maus alunos", de Giberto Dimenstein e Rubem Alves , que haviam estudado nas aulas de Sociologia da Educação, com o Prof. Maurício Ferreira no semestre passado. Foi muito bom poder presenciar esse momento de relação entre os conhecimentos, uma prova de que estamos no caminho certo! A participação atenta, motivada e dinâmica de todos os alunos deu-nos a possibilidade de esclarecer o papel da TIDIR como disciplina articuladora dos conteúdos abordados nas outras disciplinas, sobretudo a relação entre teoria e prática, entre conhecimento empírico (do senso comum) e conhecimento científico. Também ficou clara a nossa intenção de direcionar o processo de ensino-aprendizagem para a criação das condições necessárias ao desenvolvimento da consciência reflexiva dos alunos, a fim de que sejam capazes de "estabelecer relações entre idéias, e de elaborar, assimilar e socializar conhecimentos significativos para a vida real" (Gonçalves,1996, p.81).
Em seguida, organizamos os grupos e propusemos a primeira tarefa: elaborar um texto coletivo, sistematizando tudo o que discutimos sobre interdisciplinaridade, considerando a seguinte questão:
"Como vocês definem a interdisciplinaridade, a partir da leitura e debate que fizemos, relacionando tal definição às possíveis constribuições que essa abordagemn pode trazer à formação do profissional de Letras?".
Os grupos ficaram de se reunir na quarta-feira, dia 5, na aula de estudos independentes, para produzir o texto e apresentá-lo na sexta-feira, dia 7, como parte da avaliaçao processual do TIDIR.

NOSSO PERCURSO ATÉ AQUI!

Em 15/02/2008

Tivemos, neste dia, nosso primeiro encontro: alunos do 3o. Ciclo do curso de Letras e o professor da TIDIR. Iniciamos com uma proposta de integração do grupo, por meio da dinâmica "Caixinha de Surpresas". A dinâmica consistiu no seguinte: cada um deveria abrir a caixa e descrever a personalidade cuja foto se encontrava em seu interior. A surpresa foi que, dentro da caixa, havia um espelho. Exercício bastante interessante, fez com que cada um se colocasse na situação de falar de si mesmo, o que nem sempre é tarefa fácil. Somos muito mais solicitados a falar sobre os outros do que sobre nós mesmos. O olhar de surpresa de muitos ao se deparar com a própria imagem no espelho e a dificuldade de descrever-se levou-nos a pensar que precisamos observar-nos mais ou, antes, olhar para nós mesmos primeiro antes de apontar o que vemos nas outras pessoas. A dinâmica levou-nos a refletir que,para uma boa convivência em grupo, tolerância e respeito às idiossincrasias tornam-se atitudes fundamentais, sobretudo quando está em jogo a realização de um projeto coletivo, como propõe o TIDIR.

Em seguida, propusemos outra dinâmica. Dividimos a classe em dois grupos. Colocamos duas fileiras de cadeiras, alinhadas, em número correspondente aos componentes de cada grupo. Cada fileira de cadeira foi colocada em lados opostos da sala. O desafio: ficando em pé sobre as cadeiras, o grupo da direita teria de trocar de posição com o grupo da esquerda, sem descer das cadeiras, sem pôr nenhum dos pés no chão, deixando-as alinhadas do outro lado, na mesma posição em que se encontravam. Primeiramente, os alunos começaram a movimentar desordenadamente as próprias cadeiras, cada um por conta própria, de forma individual e sem planejamento. À medida que o tempo foi passando, começaram a perceber que, sem planejamento, sem estudar a situação e, sobretudo, sem cooperação e diálogo, não conseguiriam dar conta da tarefa. Notaram a necessidade de pensar e testar novas hipóteses: tentaram, por exemplo, levantar ou empurrar a cadeira um do outro, estando o outro, ainda, em cima dela. Depois de certo tempo, chegaram à conclusão que tal hipótese era pouco produtiva e que seria mais prático se ficassem dois numa mesma cadeira, movimentando a cadeira que ficara vazia e assim sucessivamente, até que todas elas fossem movimentas e alinhadas no lado oposto. A dinâmica das cadeiras possibilitou-nos discutir aspectos importantes para a realização do TIDIR: planejamento, estratégia, motivação para vencer o desafio, levantar e testar hipóteses sem medo de errar, cooperação, liderança, diálogo, solidariedade, afeto.
O primeiro encontro, na minha opinião, foi bastante proveitoso!!
Em 18/02/2008
Reunimos os alunos no auditório para um explanação geral sobre a Reforma Curricular, com destaque para o papel do TIDIR nesta nova concepção. Participaram a Diretora das Licenciaturas, Profª Wilma Pasta, alunos e professores dos cursos de Letras e Pedagogia. Ao final da apresentação, realizamos um debate sobre as questões levantadas pelos presentes.
Em 22/02/2008
Entreguei um texto para os alunos, nas aulas de TIDIR-prática, estudarem e problematizarem, avisando-os de que seria objeto de debate na aula seguinte. Texto: GONÇALVES, Francisca S. "Interdisciplinaridade". IN: Presença Pedagógica.v2 n.9 mai/jun. 1996.pp.78-81.
Objetivo: Entendermos melhor o conceito de "Interdisciplinaridade" e sua importância como abordagem dos conteúdos no curso de graduação.

O QUE É INTERDISCIPLINARIDADE?

A interdisciplinaridade busca a totalidade do conhecimento na interação entre as várias disciplinas, com o objetivo de superar o isolamento entre elas na estrutura curricular, aproximar a teoria da prática e criar novos espaços de investigação dentro e fora da sala de aula. A interdisciplinaridade é, portanto, uma atitude epistemológica e pedagógica que incorpora uma nova concepção de conhecimento, de sujeito e de relação do sujeito com o conhecimento.

quarta-feira, 5 de março de 2008

O QUE É TIDIR?

TIDIR é a sigla de Trabalho Interdisciplinar Dirigido. É uma disciplina na qual os alunos trabalham problemas propostos, alternando momentos de orientação em sala de aula e momentos de realização de atividades fora da sala de aula. Para tal, o TIDIR sustenta-se nos pressupostos da aprendizagem colaborativa e de resolução de problemas. Trabalhando em equipe, identificando e resolvendo problemas, os alunos compartilham não apenas idéias e informações, mas também estilos e estratégias de aprendizagem. Na interação com os outros e com o objeto de conhecimento, descobrem que as pessoas aprendem de diferentes modos, passam a reconhecer e a experimentar suas próprias maneiras de aprender, ou seja, passam a " pensar como se pensa" (metacognição). Com isso, alcançam estádios cada vez mais avançados de autonomia intelectual, aliada à autonomia moral, que envolve, sobretudo, o aprender a respeitar regras de convivência e de relacionamento interpessoal, a responsabilizar-se pela realização de um projeto coletivo e a assumir compromisso com a própria formação.

SEJAM BEM-VINDOS


Este é o Diário de Pesquisa da disciplina TRABALHO INTERDISCIPLINAR DIRIGIDO-TIDIR , do Curso de Letras , do Centro Universitário Monte Serrat- UNIMONTE, Santos, SP. Aqui registraremos todos os encontros, reflexões, debates, convergências e divergências dos alunos-pesquisadores do 3º Ciclo A, durante a elaboração da pesquisa interdisciplinar proposta e orientada conjuntamente por todos os professores, sob a mediação do Prof. Ms. Edson Florentino José, a quem coube a orientação geral do estudo. Nossa expectativa é que esse blog torne-se importante documento de registro, avaliação e divulgação do trabalho realizado por nossos alunos.
SEJAM TODOS BEM-VINDOS!!